Produção da Fundação Macau como exemplo do aprofundamento da cooperação entre as culturas de Macau e do Interior da China
11/05/2016

Date:12/05/2016



Terá lugar no dia 12 de Maio em Nanquim a Ópera de Pequim baseada na História de Macau intitulada “A Alma de Keng-Hoi”, produzida pela Fundação Macau juntamente com o Grupo de Artes Performativas da Província de Jiangsu. Depois de ganhar em 2014 o prémio máximo — “Prémio de Mérito Teatral” no Festival de Cultura e Arte da Província de Jiangsu, esta peça desta forma volta a subir ao palco de Nanquim como peça de destaque da “Avaliação Final dos Projectos Distintos de Artes Performativas da Província de Jiangsu 2016”. Além disso, a ópera vai em Setembro deste ano a Xi’an participar no 3.º Festival Internacional de Artes da Rota da Seda, organizado conjuntamente pelo Ministério da Cultura da China e pela Direcção da Cultura da Província de Shanxi, em seguida vai subir ao palco de Chongqing a convite local.


O projecto cultural criado pela Fundação Macau para comemorar o 15.º aniversário do retorno de Macau à Pátria, a ópera “A Alma de Keng-Hoi”, da autoria da escritora de Macau Mok Ian Ian, foi realizada pelo emergente realizador Weng Guosheng que faz parte do grupo dos realizadores da versão juvenil da ópera Kun “Pavilhão de Peónia”, com a colaboração especial de Tian Lei, um jovem artista de Ópera de Pequim do Teatro Nacional de Ópera de Pequim da China, galardoado com o Prémio Flor de Ameixa, sendo o protagonista Shen Zhiliang. Sendo a primeira obra histórica de Macau, criada por uma escritora territorial seguindo a forma do teatro tradicional chinês, “A Alma de Keng-Hoi” adapta um episódio inesquecível de Macau à ópera de Pequim em que se desenrola a história turbulenta desta cidade meridional. O desapossamento das terras que aconteceu há 165 anos constitui o elemento que desencadeia os altos e baixos e os conflitos e viragens no enredo desta criação teatral. Esta peça, do ponto de vista da criação artística, é muito propensa à adaptação teatral; a razão da escolha da forma de Ópera de Pequim, que é um tesouro nacional, tem a ver com o seu esplendor e requinte, que combina muito bem com a profundidade do tema histórico, e também com a grande quantidade de amadores da Ópera de Pequim dentro e fora do território.


Levou quase três anos a aperfeiçoar o argumento da ópera desde a sua versão inicial até ao resultado final que passou por alterações por mais de dez vezes. Durante a fase de recriação, o grupo central, composto por especialistas de Macau, Hangzhou, Nanjing e Pequim, através da procura da raiz cultural e troca profunda de ideias sobre esta história de Macau, acertou detalhes, fez pesquisas de mercado e aprimorou repetidamente esta peça com o espírito de um artesão que procura incansavelmente a perfeição, o que explica o efeito fantástico que se pode ver hoje no palco. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, Wu Zhiliang, o 13.º Plano Quinquenal do país indica claramente o objectivo de aprofundar a cooperação entre o Interior da China e as regiões de administração especial de Hong Kong e Macau, e a actuação de “A Alma de Keng-Hoi” marca mesmo um bom início da profunda cooperação entre a China continental e Macau na área cultural. Espera-se que esta ópera se possa tornar uma obra-prima que possua uma longevidade artística e represente as características culturais e urbanas de Macau e o apego à terra-natal do povo de Macau. Cheng Zuoer, presidente da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau e ex-subdirector do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado da China, considera “A Alma de Keng-Hoi” como um excelente exemplo de cooperação e intercâmbio culturais entre o Interior da China e Macau sob o princípio de “Um País, Dois Sistemas”.


Esta peça, desde a sua estreia em Nanquim em Julho de 2014, tem atraído uma extensa atenção da comunicação social de Nanquim, da província de Jiangsu e até do país inteiro, tais como a Televisão Central da China, a agência estatal chinesa de notícias CNS (China News Service), o jornal Wen Wei Po de Hong Kong, o jornal Macau Daily etc.; “A Alma de Keng-Hoi” é considerada pela comunicação social como a “Epopeica ópera de Pequim de Macau” devido à sua atmosfera histórica, melancólica e grandiosa, contribuindo assim para a divulgação da novidade de que Macau também possui a capacidade de apresentar a quintessência. Em Novembro de mesmo ano, a peça participou no 7.º Festival de Ópera de Pequim da China que teve lugar em Tianjin, e os bilhetes foram vendidos num instante. O canal de teatro tradicional chinês da Televisão Central da China (CCTV-11) seleccionou as oito melhores peças duma totalidade de 26 peças do Festival para a transmissão em directo pelo país inteiro, sendo uma destas “A Alma de Keng-Hoi”. Na noite de transmissão, repetiram-se pela Internet os comentários positivos, por exemplo “giro”, “lindo”, “mestria magnífica” etc.; após o visionamento do espectáculo houve espectadores que ficaram tão fascinados com a história e a profundidade cultural de Macau que planearam fazer uma viagem com calma para conhecer melhor a cidade de Macau. Tiveram lugar duas sessões de cada vez, respectivamente em Janeiro de 2015 no Centro Cultural de Macau e em Junho do mesmo ano no Grande Teatro Nacional da China em Pequim.