A Fundação Macau apela às associações para que dêem apoio atempado aos mais necessitados e garante que os apoios dados à educação e às camadas mais carenciadas da população não serão reduzidos
31/07/2015

Na sequência da queda das receitas do jogo, o Governo poderá vir a ter de adoptar medidas de austeridade. Tendo em consideração que a queda das receitas do jogo influencia directamente as receitas da Fundação Macau, esta Fundação está a rever as medidas da concessão de subsídios mas, desde já, garante que os montantes dos subsídios direccionados para a educação e para as camadas mais carenciadas não serão afectados.


O Presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, Dr. Wu Zhiliang, espera chegar a um acordo com as associações no sentido de evitar que apresentem projectos do tipo “cerejas no topo do bolo”, ou seja, espectáculos de grande envergadura, que se têm realizado desde há vários anos a esta parte, visitas ao exterior, exposições de menor relevância, etc., e dar mais atenção aos projectos de maior necessidade de ajuda a quem precisa, tendo sempre em consideração o uso prudente dos recursos financeiros disponíveis. Assim, a Fundação Macau continuará a analisar os pedidos de apoio financeiro, como sempre tem feito, mas agora de forma ainda mais prudente e rigorosa.


O Presidente acrescentou que a Fundação Macau tem capitais acumulados e estes capitais poderão atenuar, temporariamente, o impacto negativo nas receitas desta Fundação provocado pela queda das receitas do jogo. Neste novo contexto económico, a Fundação Macau vai, tal como habitualmente, continuar a dar apoio às associações para que estas continuem a servir a sociedade, a promover o desenvolvimento harmonioso social, assegurar o bem-estar da população, dando maior importância à melhoria do bem-estar das camadas mais carenciadas. É de destacar que, actualmente, mais de 60% dos subsídios atribuídos são dirigidos à Educação e estes subsídios, incluindo as bolsas de estudo, não serão afectados.


A Fundação Macau fez um apelo às associações para que funcionem com uma atitude madura e se tornem num “modelo-padrão”, no sentido de reforçar o equilíbrio entre os custos e os benefícios através de, nomeadamente, evitar as visitas ao exterior, espectáculos, exposições e festas que não sejam estritamente necessários. mas antes prestar maior apoio às camadas mais necessitadas. Desta maneira, prevê-se que as despesas possam baixar em 10% a 20%.


A Fundação Macau fez ainda um apelo para que as associações dessem mais atenção à qualidade das suas actividades em vez da quantidade, assim como ao respectivo equilíbrio entre os custos e os benefícios efectivos. Além disso, sugeriu às associações que partilhem os recursos disponíveis para maximizar os benefícios pretendidos, de modo a beneficiar cada vez mais cidadãos.