A Fundação Macau e a Western Returned Scholars Association Chinese Overseas-Educated Scholars Association (WRSA COSA, sigla em inglês) organizaram, nos passados dias 27 e 28 de Agosto, em Pequim, “Pessoal Formado no Exterior e Revolução de Xinhai” e 2º Seminário Internacional sobre a Cultura da Formação no Exterior da China. O evento reuniu vários especialistas e académicos provenientes do Interior da China e do exterior para abordarem profundamente os temas relacionados com o “pessoal formado no exterior e a Revolução de Xinhai” e a “cultura da formação no exterior da China”.
Teve lugar no passado dia 27 de Agosto, pelas 09H00, no Salão de Pequim do Grande Salão do Povo, a cerimónia inaugural do seminário, presidida por Chen Xiqing, Vice-Ministro do Departamento da Frente Unida do Comité Central do PCC, Ma Wenpu, Subdirector do Comité de Assuntos Externos da Assembleia Popular Nacional da China, Fu Zhihuan, Vice-Presidente da WRSA, e Su Rigan, Subdirector da Academia Chinesa de Engenharia. Proferiram discursos na cerimónia Han Qide, Vice-Presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China e Presidente da WRSA, Zhang Qiujian, Coordenador-Adjunto do Comité de Educação, Ciência, Cultura, Saúde e Desporto do Congresso Consultivo Político do Povo Chinês, e Fu Huimin, Vice-Presidente do Comité Revolucionário do Partido Komingtang da China.
No seu discurso, Han Qide salientou que o pessoal formado no exterior liderou e organizou tanto as acções revolucionárias como a luta contra a Dinastia Qing, constituindo um elemento relevante para a Revolução de Xinhai. Na sequência, cada vez mais alunos saíram da China para aprender com o pensamento avançado do exterior, tendo como objectivo constuir o futuro da Pátria com base nos que captariam no exterior. Além disso, cada vez mais pessoas formadas no exterior, mediante a criação de entidades colectivas e partidos, contribuíram para o fortalecimento da Pátria e o emergir da Nação. Assim sendo, num momento em que a onda de formação no exterior ainda está a crescer, tanto o reforço de estudos sobre a sua história e cultura como o desenvolvimento do espírito de responsabilidade muito contribuem para a construção de um futuro melhor para a Pátria e a Nação.
O presente evento reuniu académicos provenientes dos EUA, da Austrália, do Japão, do Interior da China e de Macau, que foram depois divididos em grupos específicos para abordarem os temas relacionados com o “pessoal formado no exterior e a Revolução de Xinhai” e a “cultura da formação no exterior da China”. Foram 50 as dissertações apresentadas no seminário e reunidas preliminarmente numa colectânea, a qual se reveste de grande significado académico, uma vez que se tornará na primeira colectânea de dissertações sobre o pessoal formado no exterior para com a Revolução de Xinhai no Interior da China.
Sob a organização da Fundação Macau, Jin Guoping, Wei Chuxiong, Ho Wai kit, He Zhihui e Choi Pui Leng, académicos especialistas na área de história do território, deslocaram-se a Pequim para apresentar as respectivas opiniões, sob diversos pontos de vista, sobre o papel relevante de Macau como uma das cidades onde se produziram as principais iniciativas para a Revolução de Xinhai. Os resultados de estudos por eles apresentados granjearam o reconhecimento dos demais participantes do evento.
Wu Zhiliang, no seu discurso no banquete de boas vindas, frisou que Macau constituía um elemento relevante tanto para a história de relações entre a China e o exterior como para a história contemporânea da China, servindo como um ponto de encontro de culturas e pensamentos entre o Oriente e o Ocidente. Aliás, mesmo que vários académicos especialistas de Macau e do exterior tenham procedido à recolha e organização dos materiais históricos do território nos últimos anos, as suas bases culturais ainda não foram globalmente desenvolvidas. Neste contexto, fez votos que mais especialistas venham a dedicar-se aos estudos sobre Macau e garantiu o apoio da Fundação Macau para dar continuidade ao seminário.