Exposição Retrospectiva de Shan Sa Inaugurada
04/06/2011

"Tempo do Oeste, Luz do Este", a Exposição Retrospectiva de Pintura a Tinta Chinesa de Shan Sa, artista francesa de naturalidade chinesa, que reúne mais de 100 pinturas e caligrafias à tinta chinesa e uma dezena de publicações de novelas e poesias traduzidas para línguas estrangeiras, foi inaugurada ontem no dia 3 de Junho no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau. A artista genial, igualmente poeta e romancista, que reside em Paris, vem revelar pela primeira vez na Ásia o seu mundo interior onde se encontram as culturas oriental e ocidental. A Exposição está aberta ao público entre 3 de Junho a 20 de Junho de 2001.


A Exposição é co-organizada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, o Museu de Arte de Macau e o Art Talent (Paris). A cerimónia de corte de fita foi presidida por Lu Shumin, Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM, Zhang Xiaoguang, Sub-chefe do Departamento de Cultura e Educação do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Wu Zhiliang, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, Lo Veng Tak, Vice-Presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Lei Pang Chu, Presidente do Diário de Macau, José de Sales Marques, Presidente do Instituto de Estudos Europeus de Macau, Lai Ieng, Presidente da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, Carlos Marreiros, Director Geral do Albergue SCM, Yan Chunde, grande escritor e Shan Sa, a artista protagonista da Exposição.


Yan Chunde, ao fazer uso da palavra, disse que Macau é conhecido como Monte Carlo do Oriente e com o passado da metade secular, desenvolveu-se numa cidade turística internacional, entretanto, felizmente que a sua riqueza e o encanto cultural não foram cobertos pelos casinos. As culturas chinesa e ocidental encontraram-se em Macau e “apaixonaram-se”. Dizem que as influências mútuas entre as culturas oriental e ocidental mudaram o mundo e mudarão continuamente o futuro do mundo. No sentido de contribuição aos intercâmbios culturais, o papel e as funções de Macau são assinalados como a cidade, embora pequenina, é muito aberta para a convivência multicultural. Ele crê que Shan Sa, que está muito agradável a se deslocar a Macau, gozará da amizade dos novos amigos aqui e usufruirá desta visita e a oportunidade de intercâmbios.


Shan Sa, aliás Yan Ni, é natural de Bei Jing e foi estudar em Paris quando tinha 17 anos. Ela começou a escrever poesias aos 7 anos e publicou várias colecções de poesias e prosas. As suas obras foram elogiadas por escritores chineses mais proeminentes do Século XX, nomeadamente, Ai Qing, o grande poeta, Liu Xinwu e Yan Wenjin, as romancistas. Estudou História de Artes e Filosofia na França e publicou 7 romances em língua francesa, entre as quais, The Girl Who Played Go que ganhou o prémio de Prix Goncourt des Lycéens é a mais conhecida. As suas obras foram traduzidas para mais de trinta línguas estrangeiras.


A partir de 2001, Shan Sa começou a expor os seus trabalhos na França, nos Estados Unidos e na China. Por esta vez, ela trouxe a Macau as pinturas à tinta chinesa, com estilos tanto vanguardista como tradicional, para exprimir as filosofias da China antiga, procurando chegar um balanço entre as formas tradicional e moderna. As suas obras são corajosas e minuciosas, belas e agradáveis, imaginativas e realistas, causando um impacto visual muito forte aos apreciadores. 


Fonte: Diário de Macau, 4 de Junho de 2011, Sábado, Página B03: Notícias Locais